Entrevistas

Estudar música não é só exigência de uma lei; é legal
15/8/2013 14:30:28
Alunos da rede pública de Palhoça comemoram cinco anos do projeto que transformou a magia do som em uma ferramenta de educação
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Texto: Luciano Smanioto
Utilizar a música como instrumento para formar um cidadão melhor. Foi com base nessa premissa que a Secretaria de Educação de Palhoça encampou o Programa de Educação Musical da rede de ensino municipal, em 2008. O projeto foi criado para atender à lei federal nº 11769, que institui a exigência do ensino de música na educação pública. A lei completa cinco anos neste domingo, dia 18, e segundo o coordenador do programa, o maestro Maycon de Souza, há muito o que comemorar. “O objetivo principal era formar uma banda, mas fomos caminhando e foi melhor do que se pensava. O projeto se expandiu muito”, comenta. “São poucos os municípios do Estado que estão se adequando a esta lei. Banda musical com a variedade de formações que nós temos, só conheço aqui em Palhoça mesmo”, aponta.
Hoje o projeto conta com nove professores ensinando música em escolas da rede municipal. Os alunos podem optar entre mais de 20 instrumentos, ou ainda cantar no coral. Maycon conta que a música ajuda no desenvolvimento do aluno em vários aspectos: resgata a concentração através da audição, em uma sociedade em que tudo se faz vendo; melhora o comportamento, pois quando é integrado a uma banda ou orquestra o estudante aprende a trabalhar em grupo; trabalha o raciocínio lógico com a leitura das partituras; aprimora a coordenação motora, com os exercícios técnicos; e ainda tem a parte emocional de tirar uma música.
Pais percebem evolução
Aos sábados, os grupos que ensaiam em escolas diferentes se reúnem para ensaiar de forma conjunta, formando uma orquestra sinfônica. Maycon de Souza é o regente da orquestra, faz os arranjos das músicas e ainda organiza a parte administrativa. Um trabalho recompensado peloso resultados. “A música vai educando o cidadão. Entram muitos alunos que são bagunceiros em sala de aula e vão se transformando na aula de música. Não sou só eu que percebo; os pais mesmos falam isso”, revela.
“O Gustavo tem bastante interesse na aula, gosta do que faz, passa o tempo em função de músicas. É bom, ele não está por aí nas ruas. E a aula deles é muito legal, muito bonita, sempre que eu posso eu participo”, conta Shirlen Ferreira, mãe do Gustavo, de 12 anos, aluno do 6º ano. Shirlen conta que o filho já pensa até em fazer faculdade de música, e ela torce por isso. Não só pela música, mas pelo bom exemplo que percebe nos professores. “Outra coisa que e bem legal da parte deles: sempre que tem um problema na escola, os professores estão lá ajudando. Nota mil para eles”, avalia.
Gustavo, que toca sax tenor, comprou um instrumento e não larga mais. “Estou sempre tocando”, conta. Nem sempre, infelizmente. Ele quebrou a clavícula e não pôde participar de um dos grandes momentos da orquestra: um concurso em Jaraguá do Sul. Mas foi para lá com a turma e viu os colegas tirarem o primeiro lugar com a execução de Final Countdown, do Europe, e Sweet Child O’ Mine, do Guns N’ Roses – sim, eles tocam de tudo, do rock à música erudita, de música brasileira a canções infantis.
Luan estava lá e participou do evento. O estudante de 14 anos, do 9º ano, também toca sax tenor no grupo da Escola Nossa Senhora de Fátima. “Entrei quando era bem pequeno, tinha uns nove anos. Meus professores falam que mudei bastante, meu comportamento ficou melhor, e meu desempenho nas disciplinas melhorou bastante”, relata o garoto, que sonha em cursar faculdade de música e dar aula na mesma escola onde estuda.
Instrumento de socialização
Para Ana Karolina, que tem 14 anos e cursa a 6ª série, a música foi um instrumento de socialização. Ela começou a tocar aos nove anos, por indicação de uma fonoaudióloga. Ana Karolina tem lábio leporino, uma abertura na região do palato, e tocar um instrumento de sopro poderia ajudar a empostar a voz. “A música entrou na vida da Ana Karolina, num primeiro momento, por indicação da fono, para deixar de ser fanha. Mas ela começou a tocar o clarinete e se entusiasmar. Vieram as apresentações, os concursos, sempre com bons professores... Isso ajudou a melhorar a vida dela em termos de sociabilidade”, conta a mãe, Silvia Peres.
“A música me ajudou a me desenvolver com a banda. Eu mesma resolvi ajudar os outros da mesma forma como eles me ajudaram. É minha segunda família”, declara Ana Karolina, que pensa em ser música ou cantora. Ela vai atrás do seu sonho, e Maycon sabe que é um sonho bem possível. “Quando o processo é bem feito, o final é inesperado. Podemos esperar algo bom e resultar algo melhor ainda”, ensina o professor.
Legendas:
Maestro Maycon de Souza comanda a garotada que descobriu nos instrumentos musicais uma nova paixão
 A nossa primeira entrevistada 
Maura com a sua filha Gabriela.
de hoje é Maura Lucivana Coelho,
de 30 anos, mãe da Gabriela Moraes de 7 anos, que participa do Programa de Educação Musical da Rede de Ensino de Palhoça.


Franciele - Boa tarde Maura, tudo bem?


Maura - Boa tarde, tudo bem.



Franciele - A Gabriela participa de qual oficina?

Maura - Hoje ela participa da oficina de  Violino. 



Franciele - A onde fica essa oficina de Violino? E quem é o professor?



Maura - Está oficina fica no CAIC localizado no bairro Passa Vinte, o professor dela é o Jonas
Da Silva Júnior.



Franciele - Ela entrou no programa em que ano?



Maura - Ela participa desde maio de 2012.



Franciele - Você acha o ensino de musica importante?



Maura - Concerteza, pois a musica incentiva os jovens a, estudar a se ocupar com algum instrumento assim acabam saindo das ruas, é mais difícil ir para outros caminhos...

Franciele - Como era o comportamento dela antes de entrar na aula de musica?



Maura - Antes ela era muito nervosa, queria tudo  para aquela hora e deu, mais depois que começou a frequentar a aula de musica,  ela está mais calma, mudou bastante.

Franciele - A rotina da sua filha e de sua família mudou em casa?

Maura - Sim mudou Antes a Gabriela assistia muito desenho, e agora ela não assiste tanto, pois passa mais tempo  com o seu violino estudando os exercícios e as musicas que o professor passa, e também percebi que a família se reúne mais para ver ela tocar.

Franciele - Que beneficio que você acredita que acontece com um aluno que estuda a musica?



Maura - Fica mais calma, tem mais atenção, mas o maior beneficio que eu acredito que não só para a criança mais sim também para a sociedade que é a questão de estar ocupado com algo bom, do que estar na rua.

Franiele - Você já foi a alguma apresentação? Como foi assistir?

Maura -  Sim já fui, foi muito bom, agente se sente muito orgulhosa, fica feliz vendo o desenvolvimento dela e a cada dia está ficando melhor!



Franciele -  Você acha importante a participação dos pais?

Maura - Sim, eu acho fundamental, acompanhar o desenvolvimento deles de perto  e também para fortalecer o vinculo entre pais e filhos. 

Franciele - Que você diria para quem participa do programa e para os pais?

Maura - Diria para os alunos se dedicarem, que isso é bonito e quem tem muitas crianças que não tiveram  a oportunidade que vocês tiveram, e para os pais diria para procurar um tempo para acompanhar os filhos nas apresentação nas aulas e incentivar seus filhos.



Franciele - Muito obrigada por te aceitado o nosso convite para participa dessa entrevista,


Foi um prazer em entrevista-lá.



Maura - Obrigada, o prazer foi todo meu.

Franciele - Em breve teremos mais entrevistados, beijinhos!!

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